Mês: julho 2014
Tristezas de julho
Depois de lamentar, no último final de semana, as mortes de Rubem Alves e João Ubaldo Ribeiro, dormimos ontem com a triste notícia que dá conta da internação do escritor Ariano Suassuna, no Recife, em função de um acidente vascular cerebral (AVC), que o levou à mesa de cirurgia.
João Ubaldo Ribeiro, escritor e acadêmico, sétimo ocupante da cadeira número 34 da Academia Brasileira de Letras, além de vencedor do mais importante prêmio da língua portuguesa, o Prêmio Camões, morreu aos 73 anos na madrugada de sexta-feira, dia 18, vítima de embolia pulmonar.
No dia seguinte, a manhã de sábado, 19/7, foi marcada pela morte de Rubem Alves, reconhecidamente uma das referências do País em temas relacionados à educação. Além de educador e escritor, Rubem Alves atuou como cronista, pedagogo, poeta, filósofo, contador de histórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, autor de livros infantis e até psicanalista, de acordo com sua página oficial na internet. Em uma carta de despedida, pede para ter suas cinzas enterradas sob um ipê amarelo, com leitura de poemas, entre outros, de Clarice Lispector, desejo que será respeitado pela família e amigos.
Ariano Suassuna segue, de acordo com o boletim médico desta manhã, estável. Enquanto isso, seguimos, todos nós, com os ensinamentos imortais deixados por estes mestres e com a esperança do surgimento de novos autores geniais.
Quando Sinto Que Já Sei com data e hora marcadas!
Há pouco mais de um ano, divulgamos aqui em nosso blog o teaser do documentário Quando Sinto Que Já Sei . O documentário, produzido e dirigido por Antonio Sagrado Lovato, Raul Perez e Anderson Lima, registra novos modelos de educação em sete projetos educacionais, em sete diferentes cidades espalhadas pelo Brasil: Projeto Âncora (Cotia – SP), Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (Curvelo – MG), Projeto GENTE (Rio de Janeiro – RJ), Escola Alfredo J. Monteverde – Projeto de Educação Científica da AASDAP (Natal – RN), Escola Livre Inkiri (Piracanga – BA), EMEF Presidente Campos Salles (São Paulo – SP) e Projeto Araribá (Ubatuba – SP)
O filme está pronto e já tem data e hora marcada para sua estreia: 29 de julho, às 21:00 no Cinema da Livraria Cultura na Avenida Paulista.
Projeto Âncora integra café da manhã temático sobre inclusão social
Carta Mensal – Julho
Cotia, 1º julho de 2014
“Tudo que vês é miragem.
Procura a essência que não se vê.”
Gibran Kahlil Gibran
Querido amigo,
Qual a essência do Projeto Âncora?
Segundo o dicionário, essência é o que constitui a natureza de um ser, é o que lhe é fundamental. Então, voltemos à questão: qual a natureza do Projeto Âncora, o que nele é fundamental, aquilo que é inegociável, do qual não abrimos mão?
Paralelamente a esse questionamento, há outro tão fundamental quanto, o da identidade, que pode de alguma forma confundir-se com a essência.
Nesses 18 anos de vida, cabe bem à entidade reafirmar sua identidade e sua essência. Após três anos – quando abrimos nossas portas para acolher uma escola formal que associada ao SCFV – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, mantém conosco as crianças e jovens, quando tantos novos funcionários e voluntários foram chegando e as famílias, mais do que nunca, chamadas a participar – uma revisão da essência e da identidade se faz necessária.
Você, que acompanha, torce e investe no Projeto Âncora, é convidado a se debruçar sobre o assunto e nos ajudar a responder as perguntas fundamentais de todo ser consciente e responsável:
Quem somos nós? O que queremos? Qual a nossa essência e qual a nossa identidade? Onde queremos chegar? Como chegaremos lá?
O Projeto Âncora pertence à sociedade. Cabe a cada um de nós pensar sobre ele, ajudar a deixar claro quem somos e o que queremos. E, mais importante ainda, precisamos, todos nós, fazer essa reflexão sob risco de nos tornarmos tarefeiros ou sermos atropelados pelas urgências e circunstâncias.
Aguardamos o que você puder e quiser escrever sobre como nos vê a partir de seu envolvimento com o Projeto Âncora, bem como o que espera para os próximos anos.
Fraternal e afetuoso abraço,
Regina Machado Steurer
Conselheira Projeto Âncora